quinta-feira, abril 30, 2009

ÍNDIOS TODOS OS DIAS
.
Por Júlia Magalhães, especial para o Yahoo! Brasil
.
Quem nunca ouviu falar no Curupira e no Saci? Nem conhece mandioca, guaraná, tapioca, ou nunca deitou numa rede? Esses são elementos da cultura indígena reconhecidos como parte da identidade nacional.
.
Em 19 de abril comemora-se o Dia do Índio, mas há pouco o que festejar nos mais de 500 anos de contato. No Brasil, vivem mais de 500 mil índios em aldeias. São 220 etnias e 185 línguas diferentes. Mas a sociedade brasileira pouco compreende a realidade deles - por falta de informação ou preconceito. É o que afirma Betty Mindlin, antropóloga e autora de "Diários da Floresta" (Editora Terceiro Nome), lançado em 2006 e recentemente traduzido para o francês. Ela fala da complexidade da vida social, da organização econômica, da cultura e das relações de afeto dos índios e iniciou sua primeira grande pesquisa com o povo Suruí, de Rondônia, no fim da década de 1970.
.
Assim como outras etnias brasileiras, os Suruí passaram por transformações intensas nos últimos 30 anos. "Não há nada que seja estático e não podemos querer que os índios não sofram influência de uma sociedade dominante. Eles estão sujeitos a isso, às religiões proselitistas", explica Betty. "Se por um lado observo coisas fantásticas, pois hoje eles falam por eles mesmos, estão organizados, por outro essa questão da religião me entristece. Os pajés estão calados por força de uma lavagem cerebral", conta.
.
Mesmo com dificuldades, a população indígena brasileira cresce atualmente acima da média nacional, com índices de cinco e seis por cento ao ano. Mas a pressão pela integração à sociedade e a visão preconceituosa marcam o modo como a questão é tratada no País. "Muita gente tem dificuldade de nos entender porque ainda guarda a imagem antiga do índio nu, que não falava português. Hoje, temos contato com a tecnologia da sociedade não-indígena. São relógios, carros, computadores, telefones... Mas nem por isso deixamos de ser índios, pois temos a tradição", avalia Cipassé Xavante, cacique da aldeia Wedera, na terra indígena Pimentel Barbosa, em Mato Grosso.
.
Cipassé trabalha para mudar essa percepção. "Trabalhamos com crianças e professores em escolas da região e damos palestras para estudantes universitários. A educação deve informar e o povo brasileiro não sabe, não tem informação. Esse é um exemplo de troca".
.
O que é ser índio?
.
A Organização das Nações Unidas (ONU) define como indígenas aqueles povos nativos que não se amalgamaram nos processos civilizatórios. Essa definição, no entanto, é insuficiente, embora sirva de base para discussões em âmbito internacional - caso da Declaração Universal dos Povos Indígenas, aprovada em 2007 por 143 países, incluindo Brasil, e que agora conta com a posição favorável da Austrália, até então opositora do texto, juntamente com Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia.
.
No Brasil, índio é aquele que preservou um sentido de comunidade e de lealdade a um passado mítico, "que não é necessariamente um passado histórico", afirma Mércio Gomes, antropólogo e ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), onde ficou de 2003 a 2007.
.
"Nos EUA, é índio quem tem 1/124 de sangue indígena. Na Bolívia, essa questão é um pouco semelhante ao Brasil, e ser identificado como índio depende de especificações e preservações de características comunitárias", explica. Para Mércio, o modo de ser dos povos brasileiros está extremamente conectado com a relação que estabelecem com a terra.
.
A líder indígena e socióloga Azelene Kaingang, do Paraná, concorda e questiona a visão que não-indígenas têm do território. "A sociedade em geral pensa na terra com a visão do valor monetário: quanto vale a terra para compra e venda? Para os povos indígenas, a terra é a referência de identidade".
.
Formada pela PUC do Paraná e funcionária da Funai em Brasília, sempre que pode vai à aldeia e pretende, em breve, voltar para ficar de vez. Ao definir o índio no Brasil hoje, dá a seguinte declaração: "Ser índio no Brasil é se sentir pequeno, se sentir diminuído frente aos direitos dos cidadãos brasileiros. Somos sujeitos de juízo e de pensamento. Isso é história, não é passado. Estamos sofrendo um processo de recolonização." Azelene refere-se ao julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol no Supremo Tribunal Federal (STF), em 19 de março desse ano, que culminou na determinação de 20 condicionantes para novos processos de regularização fundiária.
.
Uma vida plena de sentidos
.
Betty Mindlin lembra da história de Pedro Agamenon Arara, em Rondônia, que passou mais de 30 anos sem saber que era índio. Ameaçada, a mãe de Pedro fugiu da aldeia quando ele ainda era pequeno e nunca ensinou a língua e os costumes. A antropóloga conta que ele redescobriu as raízes e hoje é um dos líderes de seu povo. Histórias como essa repetem-se por todo o Brasil. "Não há caminho curto para o fim da injustiça social. Mas esses princípios devem estar na educação das crianças, na escola. A história de Pedro é a história do povo brasileiro", fala Betty, que entende a decisão do STF como um retrocesso.
.
"Não vejo porque é tão difícil para a sociedade entender os povos indígenas. É como a poesia de Cecilia Meireles: Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..."
.
Curiosidades
.
Muitos índios têm um nome "branco" e um indígena. O sobrenome, muitas vezes, identifica a etnia a qual pertencem. Assim, Azelene é da etnia Kaingang, do Paraná, e Cipassé, Xavante de Mato Grosso.
.
Mesmo que pareça estranho, uma convenção da Associação Brasileira de Antropologia estabelece que não se faz uso de plural para nomes de etnias. Portanto, falamos em "os Suruí".
Segundo dados oficiais da ONU, são cerca de duas mil etnias e 370 milhões pessoas que se consideram indígenas no mundo.
Atualmente, as terras indígenas compõe cerca de 13% do território nacional.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/07042009/48/saude-indio-dias.html

TERRAS INDÍGENAS, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA

Prever o futuro é exercício para a força espiritual e a sabedoria dos pajés.

Mas o impacto das alterações no meio ambiente que o homem produziu ao longo dos últimos cem anos é sentido por todos, sendo uma das mais dramáticas a mudança do clima global. Um futuro pouco promissor parece chegar rápido, se nada for feito. O Brasil, por sua dimensão territorial e populacional, pela grandiosidade de seus recursos naturais e por seu desenvolvimento econômico, pode seguir dois caminhos distintos em relação às questões ambientais. Permitir atividades degradantes, sem a necessária preocupação com o meio ambiente, ou colocar-se como país modelo de uma nova relação do homem com a natureza. Num cenário de mudanças climáticas, não se pode desconsiderar a importância ambiental das terras indígenas. Além de garantirem a vida e a cultura dos povos que nelas habitam, essas áreas se aliam às unidades de conservação como mantenedoras da biodiversidade. São importantes para a conservação de vegetação nativa e nascentes das bacias hidrográfcas, e fundamentais para a garantia do equilíbrio do meio ambiente.
.
A sabedoria dos índios em recriar seus ambientes, alterando-os sem, no entanto, deixar de preservar suas características principais, é conseqüência de serem as terras indígenas o local de manutenção de suas culturas e a base material de sua vida. Essa capacidade de relacionar o meio ambiente com a continuidade da cultura, da vida serve de lição para um mundo que imagina o crescimento da produção como único fator para a perpetuidade do ser humano.

*Luiz Fernando Villares
Na íntegra, acesse o link abaixo:
fonte:
http://www.funai.gov.br/ultimas/Brasil%20Indigena/Brasil%20Ind%EDgena%205%5B1%5D.pdf
AFINAL, O QUE É SER ÍNDIO?
.

Identidade Indígena:


O imaginário nacional ainda está permeado por um modelo único e cristalizado do que é ser “índio”. Para a maioria dos brasileiros, ser indígena ainda signifca possuir imagem semelhante àquela que as fontes históricas registraram há aproximadamente 500 anos. Essa imagem de índio – corpo nu, cabelo liso e preto, habitante das matas, falante de língua exótica – recai como forte cobrança para os povos indígenas contemporâneos. Quem não se encaixa comodamente nesse estereótipo facilmente sofre a suspeição: mas ele ainda é índio? É índio de verdade? Curioso, se pensarmos que à nossa própria condição não aplicamos a mesma lógica. Não questionamos ou temos nossa “identidade” cultural colocada sob suspeita simplesmente porque não possuímos imagem similar à dos nossos antepassados. Ao olharmos os retratos dos nossos avós ou bisavós, estranhamos os trajes, utensílios domésticos, transportes, mas não deixamos de reconhecer nessas imagens algo que faz parte de nós. As diferenças não anulam o sentimento da pertença, justamente porque o que constitui a identifcação e a construção da vida coletiva vai além do que é aparente.
.
Em 1997, durante a Semana dos Povos Indígenas, em Minas Gerais, tive a oportunidade de ouvir o indígena boliviano Carlos Intimpampa falar a respeito da resistência que as sociedades não-índias possuem em (re)conhecer os povos indígenas contemporâneos. Mediante o violento processo colonizador, os europeus disseram que os hábitos e crenças dos povos que aqui encontraram não eram “aceitáveis” e que era necessário que os indígenas falassem o seu idioma, rezassem para o seu Deus, comessem o seu tipo de comida, usassem o seu tipo de roupa. Os casamentos interétnicos foram estimulados como política de dominação, integração e assimilação. Após cinco séculos de imposição, indígenas possuem cabelos crespos ou loiros, usam camisetas, falam português, comem alimentos industrializados, usam celulares. No entanto, não é mais isso que se deseja dos povos indígenas. Deseja-se que eles retornem àquele modelo e àquela imagem de cinco séculos atrás.
.
Carlos Intimpampa então questionou: “O que vocês querem, afnal?!”
.
Segundo ele, historicamente cobra-se dos povos indígenas que eles sejam exatamente diferentes do que são, porque é assim que se estabelece e se mantém uma relação de dominação: nega-se o sujeito. Para ele, enquanto os povos indígenas não conseguirem garantir o (estranho) direito de serem o que são, a relação de submissão historicamente existente difcilmente será superada. O Brasil presenciou, nas últimas décadas, a proliferação de identidades indígenas. Povos que não eram reconhecidos como tal ou que foram considerados extintos pela historiografa ofcial anunciaram sua origem e reivindicaram direitos. A reação da sociedade – e aí o Estado possui papel de destaque – foi de suspeição e descrédito em relação a essas coletividades. Muitas vezes, tratados como “falsos índios” em busca de acesso a direitos especiais, eles sofreram discriminação e percorreram longa trajetória para se fazerem ouvidos. Estabeleceram uma relação singular com sua origem. E é com base nessa relação que esses povos têm elaborado sua razão de ser. Em função de uma origem pensada como comum e pré-colombiana, uma história compartilhada – marcada pelo processo de submissão e espoliação –, esses povos reivindicam destino comum e distintivo do restante da sociedade nacional, e possuem um forte senso de originalidade e solidariedade coletivas.
.
Segundo o antropólogo João Pacheco de Oliveira, identifcar-se como indígena, nos dias de hoje, não pode ser entendido como simplesmente a busca por copiar modelos ou padrões que existiram no passado. Identifcar-se como indígena é algo muito mais profundo do que “resgatar” um antigo modo de ser, como se o tempo e a História não tivessem imprimido suas marcas. Identifcar-se como indígena supõe utopia, modo de ser e de encarar o futuro com base no passado, nessa origem pensada como comum e anterior ao período do contato. Ser indígena vai muito além de uma imagem. Muitos são os povos que lutam por poderem ser como são e ainda assim serem reconhecidos como indígenas pela sociedade.
.
Se o nosso desejo é de fato romper com séculos de dominação e colonização na História brasileira, faz-se urgente ouvir esses legítimos sujeitos históricos, para nos despir de nossos (pré)conceitos e assim compreendermos quem são os povos indígenas no Brasil nesse limiar de século.
.
* Vanessa Caldeira é mestranda em Ciências Sociais da PUC–SP.

quarta-feira, abril 22, 2009


RAPÉ: "UMA BREVE HISTÓRIA"
.
Rapé é uma palavra de origem francesa que significa: ralar, raspar (râper). Até o início do século XX, no Brasil, ainda era comum tal hábito. Atualmente ainda vemos muitas pessoas fazendo uso do rapé, inclusive algumas comunidades no Orkut (site de relacionamentos) testemunham tal informação, mas sua utilização já é bem menos usual que antes.

Eu mesmo, que possuo heranças portuguesas em minha árvore genealógica, ainda possuo uma caixa de rapé que fora confeccionada em prata e utilizada por meu bisavô.
.
Vendidos em tabacaria ou confeccionados por algumas pessoas de forma artesanal, eram elaborados exclusivamente com folha de tabaco já raladas, ou ainda, pedaços da folha do fumo enroladas e prensadas para que o possuidor pudesse ralar na hora em que fosse utilizá-lo, pois assim mantinha-se potencializado seu aroma característico.
.
A maior finalidade da utiização do rapé, principalmente pelos portugueses, era a produção sucessiva de espirros, pois o fato de provocar as mucosas nasais para produção dos mesmos, era a de gerar uma grande sensação de prazer, além de ser considerado um ato de grande fineza e elegância, na época. Muitos já andavam com sua caixinha de rapé e lenço no bolso.
.
A inalação de produtos vegetais já era utilizada pelos índios, principalmente os sul-americanos (Yopo, Paricá, etc), para produzir cura, equilíbrio e expansão de consciência, bem como, até os dias de hoje, várias tribos ainda mantém esta tradição (Kaxinawá, Tupari, Arara, Yanomani, etc.), de maneira mais ritualística, como "expansores de consciência", psicoativos ou enteógenos (Deus-dentro) com o intuito de se comuncarem com os Espíritos-Ancestrais, Encantados (relacionados aos vegetais, animais ou elementais propriamente dito), Auxiliares de Cura ou Aliados-Guia, enfim, todas as formas e elementos de comunicação interna e externa com o "mundo dos sonhos, dos espíritos ou encantados" afim de obterem a cura ou solução para o problema do familiar, parente, tribo, enfermo ou cliente.
.
Também já foi encontrado pimenta-do-reino nas narinas e abdome de Ramsés II, no Egito, bem como, em sua mumificação junto com outros bálsamos e gomas tais como mirra, olíbano e canela, segundo Manniche em seu livro "Egyptain Herbal".

Como podemos observar a utilização dos compostos vegetais, entre eles o rapé, já é algo muito antigo e cada tradição e cultura fazem uso de substâncias naturais diferenciadas e com objetivos distintos. A folha de tabaco sempre foi utilizada pelos índios-Xamãs-Pajés para cura, auto-conhecimento e conexão espiritual, pois os mesmos sabiam utilizá-la em sua forma natural para alcançar tais objetivos conscientemente.
.
A Gavião-Real por todas as razões já expostas acima encontrou uma maneira de resgatar tais conhecimentos tradicionais a cerca da utilização dos vegetais/ervas com o intuito de elevar a saúde, equilíbrio e bem-estar, conjugando Ciência Tradicional vigente (Fitoterapia, Aromaterapia, Fitoquímica, Farmacologia, Etnobotânica, etc.) e Tradição Ancestral Indígena (Ciência Natural), para o bem coletivo.
.
POT-POURRI FITOAROMÁTICO



Pot-pourri é uma palavra também de origem francesa que objetivamente significa "mistura", ou seja, o Rapé 7 Ervas (Txamihakabu Dxãdxê Meãdxú)* na verdade é uma mistura de vários compostos vegetais (ervas, raízes, sementes, entrecascas, etc.) em diferentes proporções que tem por finalidade primeira, auxiliar o restabelecimento da saúde olfativa e das vias aéreas, de maneira que se possa aliviar ou restabelecer a saúde, harmonia e bem-estar respiratório e olfativo gerados por problemas e desequilíbrios desta tão importante função orgânica que tanto compromete a saúde física, mental e emocional. Por experiência própria, há mais de dez anos, eu era possuidor de uma rinite alérgica e sinusite crônicas e após despertar a "atenção intuitiva" para essa necessidade não só minha, mas de muitos, até mesmo milhares de pessoas, passei então a estudar mais profundamente os produtos naturais de origem vegetal que pudessem servir como um grande auxiliar de cura para tais problemas. Não só eu, amigos e familiares temos tido resultados surpreendentes, mas várias pessoas que dele fazem uso estão tendo melhoras significativas.
.
Como já abordado acima, essa valiosa “mistura” ou Pout-pourri herbário conta com a presença de ervas com princípios Fitoterápicos. A Fitoterapia (Fito=planta e terapia=tratamento) vem a ser um ramo da Ciência ou Medicina Alternativa que estuda os princípios ativos dos vegetais, oriundos dos conhecimentos de antigas tradições, principalmente as indígenas-xamânicas, e que hoje contamos com os estudos Etnobotânicos, Farmacológicos e (Fito)Químicos amparados por lei e cujo órgão regulador ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) detém o controle de qualidade sobre os mesmos, ainda que possua uma fiscalização insuficiente. A busca de tais conhecimentos, sobretudo, sua utilização é tão antiga quanto o homem, pois, desde os hominídeos já surgia tal prática, bem como, em todas as civilizações no mundo, principalmente entre os aborígenes, nativos ou autóctones, pessoas que tinham sua cultura, religião e subsistência voltadas para terra-Mãe. Aqui em solo brasileiro, contamos com tamanho conhecimento e herança ancestral indígena, associados posteriormente a outros conhecimentos agregados proveniente primeiramente da miscigenação cultural e racial em nosso território pelos brancos-europeus e os negros-africanos. Hoje, os estudos fitoterápicos é um fato mundial e cada vez mais as pessoas vêm se voltando, se "reconectando" ou retomando o olhar, bem como, sua relação interna e externa com a natureza como forma de reencontrar saúde, equilíbrio, cura, beleza, paz, bem-estar, etc.
.
As ervas de fato nos ajudam em muitos males, sejam eles de ordem física, mental, emocional e até espiritual. Os aromas também são imprescindíveis. É através da Aromaterapia que venho complementando esses conhecimentos e adicionando-os ao Rapé, pois a mesma, é um seguimento que nasce da Fitoterapia e que muito vem se desenvolvendo e se aprimorando. Os egípcios eram extremamente conhecedores desta arte, pois os óleos essenciais (OE ou OEP) são extratos líquidos potencializados de uma erva ou substância, pois o mesmo contém o princípio ativo concentrado de um vegetal ou parte dele.
.
RAPÉ 7 ERVAS: “UM POTENTE AJUDANTE OU AUXILIAR DE CURA”
.
O conceito de ervas no Xamanismo é que, as mesmas, são nossas “ajudantes ou auxiliares de cura”, bem como, os animais, nossos “aliados-guia”, pois as mesmas possuem sua força, energia, medicina e potencialidade de cura, nos servindo de alimento para o corpo e espírito. Para os nativos, cada ser vivo contém seu espírito-alma, sua contraparte etérea, espiritual e cada espírito contém sua medicina, sabedoria, força e Poder Divino.
No início da criação “a Natureza falava de Deus”, pois Ela ensinava aos homens sua história, origem e a aprendermos a viver em equilíbrio e harmonia (e até hoje “falam”). Seu surgimento no planeta se estabeleceu bem primeiro que as primeiras espécies humanas. Quando a raça humana assim surgiu em nosso Planeta, a Natureza humildemente já estava posta a lhe servir em seu banquete e riquezas naturais, fazendo uma alusão a nossa própria mãe carnal que nos antecede servindo-nos como veículo gerador e alimentador de nossa vida e sobrevivência na Terra, porém, deveríamos conscientemente honrá-la, amá-la e preservá-la.
Ela, a Mãe-Natureza, nos fala de conhecimentos antigos, nos reconecta à nossa essência mais profunda, que é "Estar em Deus", pois tudo é emanação do Grande Criador, portanto, “são todos nossos parentes e irmãos”, mas nem por isso estão distantes assim de nós, ao contrário, por serem "instinto natural", estão na sua forma mais pura dentro do nível em que se encontram e por isso mais próximo de sua natureza, sua Fonte Divina. São grandes auxiliares da humanidade, para que possamos caminhar em beleza, paz, equilíbrio e saúde na Terra.
Reiterando este princípio, a Gavião-Real entende que o Rapé 7 Ervas é potencialmente um grande auxiliar em certos casos de debilidade psicofísica e psicossomática (somatização de problemas emocionais).

Prevalecendo sempre pelo bom senso e rigor às leis, aos sistemas ortodoxos de cura, não recomendamos sua utilização em substituição ao método tradicional de nossa Medicina, portanto, sua utilização contra-indicamos a menores de 18 anos, gestantes, lactantes (mulheres em fase de amamentação), portadores de debilidades cardiovasculares, pressão alta, pessoas que possuam quadros de epilepsia ou algum distúrbio neuro-psíquico. Ainda que seja um produto de origem natural, sabemos que podem existir reações adversas em pessoas possuidoras de maior sensibilidade que a comum.

A Gavião-Real trabalha de forma muito criteriosa na manipulação deste grande composto vegetal com dosagens diferenciadas para cada componente nele presente. O refino das ervas se dá em alto valor, tornando-se um pó vegetal extremamente refinado, sem cascalhos maiores que possam causar incômodo ou desconforto nasal, com uma capacidade de atingir profundamente o objetivo visado.
Os óleos essenciais são praticamente extraídos das ervas diretamente para o seu organismo, através de laboratórios químico-farmacêuticos especializados em manipulação de produtos vegetais. Portanto, nossos óleos não são os mesmos encontrados em casas de produtos naturais nem tampouco em lojas comerciais que vendem as tão conhecidas essências ou aromas para diversas finalidades tais como confecção de perfumes e sais de banho, por exemplo, pois essas mesmas essências já estão manipuladas, diluídas e automaticamente fixadas em outras substâncias-base, normalmente de origem mineral. O que temos nesse caso, é mais o aroma, perfume/fragância e não o produto original em sua forma pura que devem vir sobre o selo OE ou OEP, Óleo Essencial ou Óleo Essencial Puro (ambos têm a mesma conotação) e que são utilizados pelos aromaterapeutas profissionais e pela Gavião-Real, com a finalidade de obterem seus princípios terapêuticos e fitoquímicos no auxílio à saúde e bem-estar humanos, não obstante, esta composição também contém, dentre outros, um óleo natural que é a seiva, "o choro encantado da árvore", uma resina muito sagrada para os índios do Brasil e EUA, muito utilizada para esta finalidade curativa.

A Gavião-Real se reserva ao direito de não expor aqui todos os componentes vegetais e percentuais utilizados em sua fórmula, no intuito de preservar o seu direito de criação e qualidade do produto, evitando assim "os piratas" que tem por finalidade primeira a obtenção indiscriminada do lucro, esquecendo-se de sua qualidade, outros ainda, geram na maioria das vezes medidas paliativas visando a obtenção indiscriminada do enriquecimento e não a saúde e bem-estar humanos, tornando-nos escravizados pelos mesmos.

Vejamos logo abaixo as debilidades, desarmonias ou disfunções orgânicas que o Rapé 7 Ervas nos serve como grande auxiliar, não só pelos seus princípios fitoterápicos e aromaterápicos, mas pelas diversas experiências pessoais que tantos já obtiveram.
O Rapé 7 Ervas ou Pout-pourri Fitoaromático auxilia-nos em geral em alguns casos que envolvam problemas do trato respiratório e subseqüentemente em outros diversos. Mas, em primeira instância, o Rapé é bastante eficaz e grande auxilar no combate a problemas de sinusite, rinite e como expectorante pulmonar (secreção/catarro), entre outros, tais como: inflamação de garganta; resfriados; gripes; sinusites; congestão nasal; rinites; age como expectorante (catarros crônicos); aquece, estimula e tonifica o organismo; energizante; em alguns casos, um auxiliar diurético; bom para estados depressivos e apatia; ajuda a melhorar o estresse físico e a exaustão mental; pode melhorar a auto-estima, coragem e autoconfiança; em alguns casos pode melhorar insônia, em outros, pode provocar a diminuição das horas dormidas; ajuda a transformar as “energias intrusas negativas” em potenciais criativos, força e vontade consciente; ajuda a afastar negatividade e a revitalizar a aura; ajuda a desfazer e eliminar gases estomacais e intestinais (flatulência); auxilia na digestão; ajuda a acelerar o metabolismo orgânico; ajuda nos casos de anorexia (doença gerada pela falta de apetite que já matou vários); ajuda a regularizar funções intestinais; suave afrodisíaco; ajuda como um antiséptico natural; ajuda o sistema linfático; pode melhorar enjôos e vômitos; poderá auxiliá-lo em problemas urinários e renais; quase um desinfetante natural; ajuda a transformar tristezas e mágoas em dinamismo e otimismo; ajuda nos casos de retenção de líquido; melhora mau hálito gerados por rinite e sinusite; pode auxiliar nos casos de roncos noturnos; ajuda a melhorar funções digestivas e excretoras; auxilia em casos de frigidez e impotência; ajuda a estimular a mente e a memória; ajuda ao bom funcionamento dos nervos e cérebro; muito bom para fumantes (tabagismo) pois ajuda a limpar os pulmões ao eliminar placas de catarro já há muito retidas nos brônquios pulmonares.
.
Envie-nos sua opinião e experiência pessoal. É de suma importância a participação de todos que fazem uso deste composto, não só para a devida atenção a algum caso específico, mas também com o intuito de reafirmar a atuação auxiliadora do Rapé nos casos descritos acima, sobretudo, nos casos em que ainda não catalogamos sua atuação enquanto um agente beneficente e "auxiliar reconstituidor", como os já descritos acima.
.
MODO DE USAR

O uso recomendado, para que se possa obter uma melhoria e fortalecimento das funções indicadas, em geral, é de 1 vez ao dia, no período de 21 (vinte e um) dias corridos, com intervalo de 7 (sete) dias seguidos, ou seja, retornar no vigésimo nono dia, respeitando sempre a parada de sete dias corridos após uso contínuo dos vinte e um, pois dessa maneira evitaremos a adaptação do organismo ante o princípio ativo do produto, tornado-o pouco eficiente. Seu uso também poderá ser intercalado (dia sim, outro não), a critério pessoal ou conforme necessidade do momento. Nos casos crônicos ou de intensa crise que requerem uma urgência e tratamento intensivo da debilidade, recomenda-se o uso de 2 a 3 vezes ao dia. Porém nesse caso, não fazer uso em tempo maior que sete dias, já que uma vez ao dia já será o suficiente para que a pessoa obtenha todos os benefícios do produto. Indicado na parte da manhã, após o desjejum (café da manhã) ou para quem preferir, antes de deitar-se para dormir, pois, é de suma importância a verificação do efeito do produto, se o mesmo lhe proporcionar mais energia e vitalidade (Yang) ou se lhe proporciona mais relaxamento e tranqüilidade (Yin). A sua dosagem inalada é ínfima para cada narina. Apenas uma pequena pitada já será suficiente. A quantidade também varia de acordo com a capacidade de suportar os seus primeiros e imediatos efeitos.

DOS EFEITOS

Na verdade, cada organismo é um universo e natureza distinta que tende a reagir de forma particularizada, mas temos percebido um padrão que normalmente se segue a todos. Sendo assim, vejamos: leve sensação de tonteira nos primeiros segundos ou até minutos, nos primeiros dias da aplicação; suave ardência e sensação de frescor nas narinas proveniente do princípio ativo e finalidade do produto; poderá produzir alguns espirros, nos primeiros segundos logo após a inalação, mas em poucos dias de uso essa sensação provavelmente desaparecerá; necessidade de logo após o uso, assoar o nariz e colocar toda secreção e catarros para fora (é bom mesmo que o faça); caso haja a incidência da ingestão do produto no momento da utilização, não se preocupe, não haverá nenhum problema, somente o paladar que poderá não agradar muito.
.
RECOMENDAÇÕES

Como já explicitamente citado acima, o Rapé 7 Ervas não se propõe a ser um medicamento e nem substituto dos mesmos. A utilização de produtos naturais é de uso e responsabilidade exclusiva de quem aprecia esta forma de auxílio à saúde humana. Temos a responsabilidade e preocupação de contra-indicar o uso do produto em menores de 18 anos, gestantes e lactantes, pessoas que sofrem com problemas cardiovasculares, pressão alta, bem como, pessoas com quadros em que apresente epilepsia ou qualquer outro que comprometa as funções neuropsíquicas.
.
SOMENTE A QUEM DESEJAR: pouco tempo após o fechamento da fórmula (pot pourri) recebi intuitivamente uma consagração no momento em que fui utilizar o rapé e que até hoje sempre a utilizo antes de aspirar o produto. Recomendo e deixo aqui para somente aqueles que desejam utilizá-lo não só pelas suas propriedades terapêuticas por assim dizer, mas também aqueles que queiram potencializar com vibrações positivas pessoais e ou do Universo. Eis a imantação: "Pela chama Divina que habita em meu ser e com a luz destas ervas sagradas, minha autocura é despertada."

*na língua Patxôhã da etnia indígena Pataxó - BA - Brasil.

Ahow... Boa caminhada a todos!Saudações Xamânicas!

Hugo Acauã
Comunidade do Rapé 7 Ervas no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=43329736