segunda-feira, janeiro 02, 2017

ENTENDA POR QUE O CORAÇÃO E O CÉREBRO NEM SEMPRE SE COMPREENDEM 



Cérebro do coração.
Depois de estudar Matemática e a carreira de piano e órgão, Anni Marquier foi professora na Sorbonne. Logo se mudou para a Índia e participou da criação da comunidade de Auroville com Sri Aurobindo e Krishnamurti. Pouco depois, fundou em Quebec o Instituto para o Desenvolvimento da Pessoa. É autora dos livros "O poder de escolher", "A liberdade de ser" e "O mestre do coração" (Luciérnaga).
Levou muitos anos pesquisando a interseção entre a ciência e a consciência; suas propostas são sempre rigorosas e estão documentadas. No próximo sábado, exporá na conferência sobre A Evolução da Consciência (CosmoCaixa) as descobertas sobre o cérebro do coração e suas implicações.
Que o coração tem cérebro é uma metáfora, não? NÃO. Descobriu-se que o coração contém um sistema nervoso independente e bem desenvolvido com mais de 40.000 neurônios e uma complexa e densa rede de neurotransmissores, proteínas e células de apoio.
É inteligente?
Graças a esses circuitos tão elaborados, parece que o coração pode tomar decisões e passar à ação independentemente do cérebro; e que pode aprender, recordar e inclusive perceber. Existem quatro tipos de conexões que partem do coração e vão para o cérebro da cabeça.
Primeira conexão
A comunicação neurológica mediante a transmissão de impulsos nervosos. O coração envia mais informação ao cérebro do que recebe; é o único órgão do corpo com essa propriedade, e pode inibir ou ativar determinadas partes do cérebro segundo as circunstâncias. Isso significa que o coração pode influir em nossa maneira de pensar? Pode influir em nossa percepção da realidade e, portanto, em nossas reações.
Segunda conexão
A informação bioquímica mediante hormônios e neurotransmissores. É o coração que produz o hormônio ANF, que assegura o equilíbrio geral do corpo: a homeostase. Um de seus efeitos é inibir a produção do hormônio do stress, e produzir e liberar oxitocina, que é conhecida como hormônio do amor.
Terceira conexão
A comunicação biofísica mediante ondas de pressão. Parece que, através do ritmo cardíaco e suas variações, o coração envia mensagens ao cérebro e ao resto do corpo.
Quarta conexão
A comunicação energética. O campo eletromagnético do coração é o mais potente de todos os órgãos do corpo, 5.000 vezes mais intenso que o do cérebro. Observou-se que muda em função do estado emocional.
Quando temos medo, frustração, ou stress, torna-se caótico. Ordena-se com as emoções positivas? Sim. Sabemos que o campo magnético do coração se estende ao redor do corpo entre dois e quatro metros, isto é, que todos os que nos rodeiam recebem a informação energética contida em nosso coração.
Que conclusões nos levam estas descobertas? O circuito do cérebro do coração é o primeiro em tratar a informação que depois passa pelo cérebro da cabeça.
Não será este novo circuito um passo a mais na evolução humana? Há duas classes de variação da frequência cardíaca: uma é harmoniosa, de ondas amplas e regulares, e toma essa forma quando a pessoa tem emoções e pensamentos positivos, elevados e generosos. A outra é desordenada, com ondas incoerentes.
Aparece com as emoções negativas? Sim, com o medo, a ira ou a desconfiança. Mas há mais: as ondas cerebrais se sincronizam com estas variações do ritmo cardíaco; isto é, que o coração arrasta à cabeça. A conclusão é que o amor do coração não é uma emoção, é um estado de consciência inteligente...
Veja, o cérebro do coração ativa no cérebro da cabeça centros superiores de percepção completamente novos que interpretam a realidade sem se apoiar em experiências passadas. Este novo circuito não passa pelas velhas memórias, seu conhecimento é imediato, instantâneo e, por isso, tem uma percepção exata da realidade. Parece ficção científica.
Está demonstrado que quando o ser humano utiliza o cérebro do coração cria um estado de coerência biológico, tudo se harmoniza e funciona corretamente, é uma inteligência superior que se ativa através das emoções positivas. Parece que ninguém usa… É um potencial não ativado, mas começa a estar acessível para um grande número de pessoas.
E como posso ativar esse circuito? Cultivando as qualidades do coração: a abertura para o próximo, o escutar, a paciência, a cooperação, a aceitação das diferenças, a coragem… Santos por 24 horas? É a prática de pensamentos e emoções positivas. Essencialmente, libertar-se do espírito de separação e dos três mecanismos primários: o medo, o desejo e a ânsia de domínio, mecanismos que estão ancorados profundamente no ser humano porque nos serviram para sobreviver milhões de anos. E como nos livramos deles? Tomando a posição de testemunhas, observando nossos pensamentos e emoções sem julgá-los, e escolhendo as emoções que nos podem fazer sentir bem. Devemos aprender a confiar na intuição e reconhecer que a verdadeira origem de nossas reações emocionais não está no que ocorre no exterior, senão em nosso interior. Já. Cultive o silêncio, contate com a natureza, viva períodos de solidão, medite, contemple, cuide seu meio vibratório, trabalhe em grupo, viva com simplicidade. E pergunte a seu coração quando não saiba o que fazer.
Ao meu modo de ver, é uma confirmação a mais da teoria da Medicina Chinesa, a qual diz que o Coração é o centro do Shen (termo chinês que engloba emoções, consciência, espírito e psique). O termo “shen”, traduzido com frequência hoje em dia como ”espírito”, inclui alguns dos conceitos mais complexos da medicina tradicional chinesa. No Neijing, Shen menciona-se cerca de 240 vezes. Tradicionalmente, o termo refere-se ao mecanismo de mudança, o mistério da transformação súbita e profunda, e a expressão no rosto de uma pessoa, especialmente dos olhos. Quando se aplica ao corpo humano, o termo descreve uma parte importante do que se chamaria a vitalidade física, a atividade mental e o espírito. O coração é o mestre do corpo e o imperador das redes de órgãos. O antigo livro das definições [Neijing] refere-se ao coração como o governador do corpo humano, a sede da consciência e a inteligência. Os 12 meridianos do corpo obedecem às ordens do coração. O coração é o imperador do corpo humano.
Atualmente Anni Marquier reside em Québec(Canadá), onde dirige há 30 anos o Instituto para o Desenvolvimento da Pessoa, o qual ajuda as pessoas a elevar seu grau de consciência ou, dizendo de outro modo, a encontrar a si mesmas.
Fonte: La Vanguardia

quarta-feira, dezembro 21, 2016

         
As vezes nos perdemos por sobre a escuridão que nos envolve. Não falo da escuridão em termos pejorativos, como comumente é utilizada, falo da ausência de conhecer, da ausência de iluminação da consciência sobre a nossa própria caminhada. As pessoas são assim, em sua grande maioria, na maior parte de suas vidas, apenas tateiam por um caminho que sequer enxergam – ora perdidas na obscuridade de um amanhã, ora no turbilhão  já modificado pelas memórias do que foi ontem -, assim, distam-se da capacidade de conhecer o que as está cercando, o seu momento, a hora da transcendência e da transformação, e perdidas seguem automaticamente pela vida, trocando o presente da presença pela obscuridade dos infinitos “ses” que se transmutam e se distam um passo a cada passada dada pelo caminhante: inatingível, pois irreal.

Não é raro que isso ocorra, poucos são os que tem a inflexível vontade de seguir. Assome-se isso à grande capacidade que tem a sociedade de nos obliterar a visão para a verdade. Qual verdade? A quem interessa a verdade, se ela pode libertar?

O mundo é prisão, uma grande prisão que sói chamar-se realidade. Como sendo o termo em si uma grande magia, como palavra mágica mantém a multidão a pensar ser apenas o que se define como realidade o que é a existência. Milhões de planos se afugentam da visão do aqui, enquanto a humanidade tateia com lentes que fazem cada um pensar ser aquele limite estreito a realidade em si.

Nesta nave que sou, venho falar agora sobre a experiência que me faço neste breve espaço entre os infinitos.

Há um tempo fui desperto, orgulho-me de falar, não com pedância, não com arrogância ou qualquer termo que não um tanto até mesmo de vergonha pelo que fui, e por ter que conjugar o verbo “desperto” no passado. Hoje estou afogado na tal realidade. Entrando mais profundamente na prisão que é o mundo social, busquei compreender o que é a prisão. Oras, se somos nós filamentos eternos presos em corpo finito, alma infinita enclausurada em finito ser, como viver e conhecer a verdade que existe para além da prisão se não conhecermos todos os detalhes da prisão? Assim, necessário é entregar-se profundamente à escuridão que é a sociedade, e o fundo desta escuridão está nos sistemas que nos envolve e nos domestica em nossa caminhada por esta breve vida.

As descrições são restrições do universo total. Aprende-se desde cedo, em todas as culturas do mundo, a descrever um campo finito de possibilidades, de coisas, de sensações e de experiências. Restringe-se desde muito cedo em cada um dos humanos que nascem a cada dia o campo dos sentires possíveis, restritos inicialmente a tão limitados cinco sentidos. Neste cinco está o início da prisão. Tudo que são sensações metafísicas, para além das sensações ordinárias de nosso mundo são descartadas e catalogadas como “irreais”, como fantasias e sonhos, como desprezível ao nosso mundo. Desta forma inicia-se a domesticação do infinito. Após um tempo os cinco são aprisionados pelo um. A mente como sentido máximo começa a restringir então ainda mais cada um dos cinco sentidos dentro de estantes e catálogos todos, os sentidos são tolhidos em racionalização dos sentires. As coisas então viram a cognição do mundo aceito, e tudo aquilo que não está já racionalizado e tudo que não é mais permitido pelo consenso social é descartado, ignorado, jogado naquela mesma esfera de catalogação do irreal e fantasioso.

Por este caminho todos trilhamos, sento então o aprisionamento um processo diametralmente oposto à socialização. Socializando-se somos seres domesticados, asas podadas, seres engaiolados, presos, fechados naquilo que se convencionou chamar de realidade.

No ante caminho estão todos, nas mais diversas culturas, que se rebelam contra o sistema de catalogações, aqueles que exploram além das margens do que se convenciona chamar de realidade. Os exploradores para além das margens ganham diversos nomes, em geral, em nosso tempo, são pejorativizados como loucos, como excêntricos e até como doentes. Em outros tempos eram os exploradores do infinito, aqueles que expandiam o mundo, ou que moldavam as bordas de nossa realidade.

Hoje sou apenas cego, socializado, domesticado, com uma fiação ainda de consciência que me permite, vez ou outra, ter um lampejo de um ser desperto que já fui outrora.

Neste dia em especial recebi uma destas mensagens. Há muito tempo atrás recebi alguns passes mágicos, acessei certos filamentos cósmicos que me permitiram ver movimentos corporais que poderiam me levar ao aperfeiçoamento e ao contato com meu ser que costumo chamar, por questão de tradição cognitiva, de “duplo”. Este ser, que eu poderia chamar também de Cristo interior, ou de ser superior, me chegou em um tempo, no apogeu de minha própria caminhada, no cume de um dos morros de conhecimento que cheguei dentro desta prisão finita que estamos. Lembro que tudo foi uma decorrência de repetições, de realizações, tudo emanando inicialmente de um cego que acreditava na promessa de uma ponte invisível por cima de um grande abismo: um louco entre loucos com um sonho maior.

Era uma combinação, uma combinação de passes, movimentos corporais que aconteceriam em determinados números com uma quantidade de pessoas que formaria um grupo. Um algo que não consigo explicar racionalmente, e nem me proporia a tal imbecilidade, posto que falo aqui apenas de crenças, de tudo que não pode ser tocado pela razão. O que posso falar é que a soma de uma quantidade de pessoas a praticar determinados movimentos pode levar a uma transformação, uma mutação da realidade, ou do campo entendido como realidade. 

Tudo se encaixava como quebra cabeças, e neste ponto tenho que fazer uma recapitulação. A estrada para o outro mundo, para a cidade de cristal, o conhecimento de certos seres especiais, a vista de um mundo diferente, da cúpula, a visita a seres com nomes diferentes e até a visita a algo como um lugar sagrado – tudo eram pistas em minha própria caminhada, fragmentos, cacos no caminho que eu colhia e juntava, e um a um me mostravam uma construção. A luz que iluminava o viajante e que o fazia explodir e algo indescritível – a chave para o infinito, tudo era uma colcha de retalhos vivida, que eu não queria ou podia entender, mas queria e podia viver, intensamente a cada momento de minha caminhada.

Mas acreditar no invisível em um mundo de valorização de objetos é um ato quase impossível. Assegurar-se na descrição de uma realidade indescritível, em um mundo que valoriza palavras é algo um tanto quanto contraditório, bem como é contraditória a minha vã tentativa de vomitar palavras aqui.

Seu vivi, eu senti, eu morri e renasci – poderia resumir meu longo texto a isto, e seria tão compreensível quanto todas as palavras que disse aqui, ou as que ainda, teimosamente irei dizer.

Escrever é de certo modo catarse, é ato de liberação, de entrega. Se o escrever for feito de outra forma será só repetição. A criação só vem deste ato de entrega, e desta forma me entrego aqui.

Hoje então me deparei com algo deste mundo, ou melhor, algo deste aspecto da realidade, um filme, uma série, algo que me tocou profundamente no que sou, no que fui, nesta continuidade que parecem fragmentos de mim mesmo. A série chama “The Ao”. Iniciei assistindo sem maiores pretensões, quando me deparo com os mesmos cálculos que eu havia feito lá atrás. A mesma resposta que eu tinha achado, e as mesmas dúvidas que me tinham consumido. E os passes mágicos que tanto me tinham colocado em dúvida na caminhada, e que são a especialidade da pesquisa transcendental do amigo Dárion.

Uma torrente de sensações me veio, e ao olhar o passado comecei a compreender, ou melhor, a rememorar tudo que sou. Sim, entrei tão profundamente na prisão do mundo, busquei explorá-la tão intensamente que esqueci ser ela uma prisão.

A maioria de nós está assim, somos presos e sequer sabemos que estamos em uma prisão. Eu tinha saído dela, vivido lá fora, e retornado para uma missão, me esquecendo entorpecido novamente nesta prisão.

O mundo é imenso ao nosso redor, dimensões se encontram, o invisível pode ser acessível, e está sendo sentido e captado por nós a cada tempo, e gastamos um turbilhão de energia descartando e ignorando tudo que nos chega. Abrir os olhos talvez seja a tarefa mais árdua, a não ser se comparado a dificuldade de manter os olhos abertos. Temo que agora eu esteja nesta segunda tarefa, a de relembrar como é ter os olhos abertos, como é ver para além deste mundo que nos mentem ser a realidade, para adentrar no que teimam chamar de ilusão e mistério, no oculto indizível de nosso tempo: o único caminho que nos levará a transcender, a realmente viver, que nos pode tirar do torpor diário de nossas vidas.

Quantos ainda não pensam ser livres mas são presos? Rotinas que permite que saibamos o que será do amanhã, do depois, do dia seguinte, em detalhes assustadores, uma repetição sem limite que nos deixa trancafiados em limites cada vez menores de vida, que nos fazem raízes abaixo dos pés, e que nos deixam rígidos como troncos, nos tiram a fluidez e a nossa capacidade mágica. Acordamos tão apressados que esquecemos os sonhos, que relegamos ao esquecimento uma grande porta de libertação, ouvindo o eco de nossas próprias vozes não ouvimos o infinito que nos cerca e que não cansa de nos falar...

Esquecemos de viver, e resolvemos -  pelo conjunto de força que nos cerca, pelos pactos antigos que não assinamos, e em troca de bens mortos -, morrer a cada dia mais.

Só morremos porque assim queremos, porque invocamos a cada dia essa morte, e não nos apegamos a vida. Só morremos porque o fim desta breve vida é a coroação de toda a nossa caminhada sem sentido e sem valor. Sentimos que o vaso adornado da falsa realidade não carrega nada dentro de si: é oco e dentro ecoa todo o nosso vazio, por mais que adornemos de tinta dourada a sua forma. Nós morremos porque nascemos chamando a morte, porque a intentamos a cada dia e assim se torna breve o nosso viver, tão breve como um relâmpago em uma noite escura, e todo o resto se faz morte.

Morrer é se entregar a correnteza dos ditames impostos pela sociedade, morrer é entregar-se ao que se chama realidade e abrir mão da totalidade que é o nosso início e o nosso fim.

Percebi que tudo que nos faz sentir a vida como bela, sentir o mundo como inteiro, como integral, sentir cada passo e sorver a vida é o que não pode ser mensurado, avaliado, tocado ou visto pela maioria das pessoas. Os passes nos indicam isso: a crença necessária para se atingir o invisível, para atravessar a ponte oculta por sobre o vale de sombras. Poucos são os que vão acreditar e dar o primeiro passo, menos ainda serão os que continuarão a caminhar. E para isso não é preciso abandonar a vida social, o mundo em que se vive, mas é necessário saber sempre, e repetir-se a cada dia que tudo isso que vivemos é pura ilusão: ávida sempre por nos afogar e consumir, e por isso necessária a constante vigilância.

Tudo que se foi tem que se tornar o agora, tudo que será tem que reduzir-se a este momento, só com a integralização do ser em si, quando ele realmente está é capaz de transformar as trevas que nos cercam como humanidade em luz. E cada um vai ganhar a própria fórmula de sua libertação, a chave para a transcendência, os números mágicos e os movimentos certos, como um mapa, um mapa pessoal que não pode ser passado de mão em mão, mas que pode transcender por corações.

Chega o fim de um ciclo e prenuncia-se o início de outro, e esta é apenas a minha visão, iluminada por um lampejo que me permite ver apenas os contornos do que virá.

Será muito mais fácil sermos pegos todos pela neblina da ilusão do que chegar ao cume de nós mesmos e ver ao longe o lúmen que nos levará a libertação, é preciso vigilância constante, diária, quase paranoica, sem ela nunca será possível a real transformação...

http://inconfidenciaguerreira.blogspot.com.br/2016/12/as-brumas-da-ilusao.html

quarta-feira, março 28, 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

SACERDOTE MAIA DIZ: ESTÃO FAZENDO INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS SOBRE 2012


Carlos Barrios
SACERDOTE MAIA DIZ:

ESTÃO FAZENDO INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS SOBRE 2012

Carlos Barrios, ancião Maia e Ajq'ij 
(um padre cerimonial e guia espiritual) do clã da Águia. 

Carlos iniciou uma investigação nos diferentes calendários circulando por aí. Carlos, junto com seu irmão Gerardo, estudou com muitos professores e entrevistaram cerca de 600 anciões Maia para ampliar sua área de conhecimento.

Carlos descobriu rapidamente que existem várias interpretações conflitantes dos hieróglifos maias, petroglifos, dos livros sagrados de 'Chilam Balam' e de vários textos antigos. 

Carlos disse palavras fortes para aqueles que podem ter contribuído para a confusão:

Carlos Barrios: "Antropologistas visitam os locais do templo e leem as inscrições e inventam histórias sobre os Maias, mas eles não leem os símbolos corretamente. É apenas sua imaginação. Outras pessoas escrevem sobre a profecia em nome dos Maias. Eles dizem que o mundo vai acabar em dezembro de 2012. Os anciões maias estão bravos com isto. O mundo não vai acabar. Ele será transformado."

"Nós não estamos mais no Mundo do Quarto Sol, mas ainda não estamos no Mundo do Quinto Sol. Este é o tempo no meio, o tempo da transição. Enquanto atravessamos a transição há uma colossal convergência global de destruição ambiental, caos social, guerra, e continuas Mudanças na Terra."

Ele continua: "A humanidade irá continuar, mas de um modo diferente. As estruturas matérias mudarão. A partir disto nós teremos a oportunidade de sermos mais humanos. Nós estamos vivendo na mais importante era dos calendários e profecias Maia. Todas as profecias do mundo, todas as tradições estão convergindo agora. Não há tempo para jogos. O ideal desta era é ação."

Carlos nos conta: "Os indígenas têm os calendários e sabem como interpretá-los precisamente - não os outros. Os Calendários Maias compreendem o tempo, estações, e ciclos e se provou vasto e sofisticado. Os Maias entendem os 17 diferentes calendários como o Tzolk'in ou Cholq'ij, alguns deles registrando o tempo acuradamente durante um período de mais de dez milhões de anos".

Estas palavras não são minhas mas de nossos ancestrais:

"Tudo foi predito pelos ciclos matemáticos dos calendários maias. - Irá mudar - tudo irá mudar. Os guardiões do dia Maia, veem a data de 21 de Dezembro, 2012 como um renascimento, o começo do Mundo do Quinto Sol. Será o início de uma nova era, resultando do significado do meridiano solar cruzando o equador galáctico e a Terra se alinhando com o centro da galáxia."

No nascer do sol de 21 de Dezembro de 2012, pela primeira vez em 26.000 anos, o Sol se erguerá em uma conjunção com a intersecção da Via Láctea e o plano da eclíptica

A cruz cósmica é considerada uma incorporação da Arvore Sagrada, a Árvore da Vida, uma árvore lembrada em todas as tradições espirituais do mundo.

Alguns observadores dizem que este alinhamento com o coração da galáxia em 2012 irá abrir um canal para a energia cósmica fluir através da Terra, limpando-a e a todos que habitam sobre ela, elevando tudo para um nível mais alto de vibração. 

Carlos nos lembra: "Este processo já começou. A mudança está acelerando agora e continuará a acelerar. Se as pessoas da Terra puderem chegar até esta data de 2012 em boa forma sem ter destruído muito a Terra, nós iremos nos levantar para um novo, mais alto nível. Mas para chegar lá nós temos que transformar forças imensamente poderosas que buscam bloquear o caminho."

Esta data especifica no calendário, o Solstício de Inverno no ano de 2012, não marca o fim do mundo. 

Muitas pessoas de fora escrevendo sobre o calendário maia sensacionalizam esta data, mas eles não sabem. Aqueles que sabem são os anciões indígenas a quem foi confiado manter a tradição.

Carlos nos diz: "A economia é agora uma ficção. Os primeiros cinco anos da transição de Agosto de 1987 até Agosto de 1992 foi o início da destruição do mundo material. Nós avançamos dez anos mais profundamente na fase da transição agora e muitas das assim chamadas forças da estabilidade financeira são de fato ocas. Os bancos são fracos. Este é um momento delicado para eles. Eles podem quebrar globalmente, se nós não prestarmos atenção. Agora, as pessoas estão prestando atenção."

O Polo Norte e o Sul estão ambos quebrando. O nível da água nos oceanos ira aumentar. Mas ao mesmo tempo a terra no oceano, especialmente perto de Cuba, também irá se levantar. 

Carlos conta uma historia sobre as cerimonias de Ano Novo mais recentes dos Maias na Guatemala. Ele disse que um respeitado ancião Mam, que vive o ano todo em uma solitária caverna na montanha, viajou para Chichicastenango para falar com as pessoas na cerimonia. 

O ancião entregou uma mensagem simples, direta. 
Ele chamou os seres humanos para se unirem no suporte de vida e da luz.

"Agora cada pessoa e grupo está seguindo seu próprio caminho. O ancião da montanha disse que há esperança se as pessoas da luz puderem se unir de alguma forma. Nós vivemos em um mundo de polaridades - dia e noite, homem e mulher, positivo e negativo. Luz e escuridão precisam uma da outra. Elas são uma balança."

"Bem agora o lado escuro está muito forte e muito certo do que eles querem. Eles têm suas visões e suas prioridades claramente seguras, e também sua hierarquia. Eles estão trabalhando de muitas formas para que nós não sejamos capazes de conectar com a espiral do Quinto Mundo em 2012."

"No lado da luz todos pensam que são os mais importantes, que seus próprios entendimentos, ou os entendimentos do grupo, são a chave. Existe uma diversidade de culturas e opiniões, então há competição, difusão, e não um foco único."

Carlos acredita que o lado sombrio trabalha para bloquear a unidade através da negação e do materialismo. Também trabalha para destruir aqueles que estão trabalhando com a luz para levar a Terra para um nível mais alto. Eles são a energia do antigo, em declínio - o Quarto mundo, o materialismo. Eles não querem que ele mude. Eles não querem unidade. Eles querem ficar neste nível, e temem o próximo nível.

O poder escuro do Quarto Mundo em declínio não pode ser destruído ou sobrepujado. Ele é muito forte e, claro, para isso, esta é a estratégia errada. O escuro só pode ser transformado quando confrontado com simplicidade e abertura do coração. É isto que conduz a unidade, o conceito chave para o Mundo do Quinto Sol.

Carlos disse que a era emergente do Quinto Sol irá chamar atenção para um elemento muito negligenciado. Enquanto os quatro elementos tradicionais da Terra, Ar, Fogo e Água dominaram várias épocas no passado, haverá um quinto elemento para ser reconhecido com o tempo do Quinto Sol - o elemento é 'ÉTER'.

O dicionário define Éter como uma "substância hipotética que supostamente ocupa todo o espaço, postulada para explicar a propagação da radiação eletromagnética através do espaço." Talvez ele pudesse ser definido como o "espaço entre o espaço". Eu sugeriria que ele pode ser manifestado como o alinhamento de partículas carregadas de nosso sistema solar (Sol), e nossa galáxia (Via Láctea) surgem. 

O elemento Éter representa a energia espiritual.

"O elemento do Quinto Sol é celestial. Dentro do contexto do Éter pode haver a junção das polaridades. Não mais escuridão ou luz nas pessoas, mas uma unidade elevada. Mas agora o reino da escuridão não está interessado nisto. Eles estão organizados para bloquear a unidade. Eles buscam desbalancear a Terra e seu ambiente para que nós não fiquemos prontos para o alinhamento em 2012."

"Nós precisamos trabalhar juntos pela paz, e equilibrar com o outro lado. Nós precisamos tomar conta da Terra que nos alimenta e nos abriga. Nós devemos colocar inteiramente nossa mente e nosso coração para perseguir a unidade, e unidade agora, para confrontar o outro lado e preservar a vida."

"Nós estamos perturbados - não podemos brincar mais. Nosso planeta pode ser renovado ou devastado. Agora é o momento de despertar e tomar uma atitude. Todos são necessários. Você não está aqui por acaso. Todos que estão aqui agora têm um propósito importante. Este é um momento difícil, mas especial. Temos a oportunidade de crescimento, mas temos que estar pronto para este momento na história."

Carlos disse: "As mudanças profetizadas irão acontecer, mas nossas atitudes e ações determinam quão duras ou leves elas serão. Nós precisamos agir, fazer mudanças e eleger pessoas para nos representar que entendem e que tomarão ações políticas para respeitar a Terra."

"Meditação e práticas espirituais são boas, mas também ação. É muito importante ser claro sobre quem você é, e também sobre sua relação com a Terra. Se desenvolva de acordo com sua própria tradição e o chamado de seu coração. Mas se lembre de respeitar as diferenças, e lutar pela unidade. Coma sabiamente - muitas comidas estão corruptas de formas sutis ou grosseiras. Dê atenção ao que você coloca dentro do seu corpo. Aprenda a preservar comida e a conservar energia. Aprenda boas técnicas de respiração. Seja claro. Siga uma tradição com grandes raízes. Não importa qual tradição, seu coração lhe dirá, mas tem que ter grandes raízes."

"Nós vivemos em um mundo de energia. Uma tarefa importante neste momento é aprender a sentir ou ver a energia de todas as pessoas e todas as coisas - pessoas, plantas, animais. Isto se torna cada vez mais importante enquanto nos aproximamos do Mundo do Quinto Sol, pois ele está associado ao elemento 'éter' - o reino onde a energia vive e tece. Vá aos lugares sagrados da Terra e reze por paz, e tenha respeito pela Terra que nos dá comida, roupa e abrigo. Nós precisamos reativar a energia destes lugares sagrados. Este é o nosso trabalho."

"Uma técnica de oração simples, mas eficaz, é acender velas brancas ou azul-bebe. Pense em um momento em PAZ. Diga sua intenção para a chama e mande a luz dela para os lideres que tem o poder de fazer guerra ou paz."

Carlos nos lembra de que este é um importante momento crucial para a humanidade e para a Terra. Cada pessoa é importante.

Ele disse que os anciões abriram as portas para que outras raças possam vir para o mundo Maia para receberem a tradição. 

"Os Maias, há muito, apreciam e respeitam que existem outras cores, outras raças e outros sistemas espirituais. Eles sabem que o destino do mundo Maia é relacionado ao destino do mundo todo."

"A maior sabedoria está na simplicidade. Amor, respeito, tolerância, compartilhar, gratidão, perdão. Não é complexo ou elaborado. O conhecimento real é gratuito. Está codificado no seu DNA. Tudo o que você precisa está dentro de você. Grandes professores disseram isso desde o inicio. Encontre seu coração, e você encontrará seu caminho."

Fonte: http://lettertorobin1.site.aplus.net/id435.html

quarta-feira, dezembro 07, 2011

istoeinfblue.gif (944 bytes)Nº 1571 - 10 de novembro de 1999

Luz no horizonte
O físico Patrick Druot, que já vendeu um milhão de livros sobre xamanismo, saber de culturas ancestrais, diz que vêm aí boas mudanças
Foto: Clarice Meireles
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Pesquisa - Druot procurou nos Xamãs
o que não achou na ciência


Patrick Druot, 53 anos, pós-graduado na Universidade de Columbia, consegue enxergar a virada do milênio com um otimismo contagiante, apesar do quadro de guerras, desemprego e desigualdade social. Ele arrisca dizer que nos espera um tempo de mais tolerância, compreensão e amor. Esse otimismo é resultado de 20 anos de experiências com expansão da consciência e contatos com culturas antigas. Nesse período, conviveu com tribos indígenas e aborígenes na América do Norte e na Oceania, onde estudou o trabalho dos xamãs, líderes espirituais conectados com a natureza. Segundo Druot, em breve ocorrerá uma mudança porque as pessoas buscam cada vez mais respostas espirituais para dar sentido à existência. "Acho que o Brasil terá um papel importante neste despertar", ele anuncia. Até os 35 anos, ele mesmo acharia graça no que acredita hoje. De família católica, deixou de ir à missa aos 15 anos para tornar-se um cético convicto. Foi depois de se pós-graduar em Física que começou a ter contato com o fenômeno da expansão da consciência e especializou-se em Terapia de Vidas Passadas (TVP), que pesquisa e pratica no Instituto de Pesquisas Físicas e da Consciência, em Paris. "Essas experiências me reconectaram a Deus." Quanto a frequentar uma igreja, ele diz: "Sim. Uma floresta, uma praia, o mundo todo é uma catedral." Em sua sétima visita ao Brasil, para dar workshops sobre vidas passadas e lançar seu quinto livro, O físico, o xamã e o místico (Editora Nova Era), ele deu esta entrevista.

ISTOÉ  O que é um xamã?

Patrick Druot – É uma pessoa investida de dons de profecia, dons de cura, de percepção a distância. Os xamãs dizem que os primeiros professores nos tempos antigos eram as plantas e os animais. Eles foram os primeiros líderes religiosos, os artistas, os médicos. Sua herança enorme influenciou, milênios mais tarde, as primeiras religiões organizadas. Cristianismo, budismo, taoísmo, tudo isso tem origem xamânica.

ISTOÉ – O que levou um físico como o sr. se interessar pelo tema?

Druot – Há 20 anos, comecei a me interessar pelo que se costuma chamar de estados alterados de consciência. Conhecia-se a atividade da superfície do cérebro, mas nunca explicaram como ele funcionava e o que o fazia funcionar. Durante muitos anos, me interessei pelo fenômeno da vida antes do nascimento e tentei entender onde essa memória estava gravada. A ciência não respondia a essas indagações, então comecei a estudar diversas tradições orientais: as escolas de ioga, o budismo e, como morei dez anos nos Estados Unidos, trabalhei e vivi com índios americanos. Conheci suas cerimônias e seus rituais de cura e me interessei pela origem desses estados de consciência. E aí foi preciso voltar mais de 20 mil anos, ao tempo dos primeiros xamãs. Foram eles, no período paleolítico superior, os primeiros a passarem para o outro lado e a explicar como era estruturado o mundo xamânico.

STOÉ – O xamanismo faz parte da história de todos os povos?

Druot – Sim. O termo xamã foi adotado pelos antropólogos para definir todos os representantes religiosos e seres particulares de todas as raças. O termo tem origem siberiana. Saman, quer dizer aquele que sabe, aquele que é. Na tradição xamânica mundial, os xamãs são aqueles que vêem o mundo como um composto de três mundos. Um físico, povoado pelos espíritos da natureza, um mundo subterrâneo e um terceiro, sublimado. Em todos os grupos, seja na Sibéria ou na Nova Zelândia, as tradições sempre batem: são três mundos ligados por um eixo central. A imagem varia. Pode ser uma corda, uma escada, uma montanha. O dom do xamã é viajar pelo intermundo, ao longo dessa corda que atravessa os três mundos.

ISTOÉ – Em seu livro, o sr. afirma que a ciência moderna ainda não distingue psicose de despertar xamânico. Por quê?

Druot – Há um psiquiatra inglês que diz que o sábio e o psicótico estão no mesmo oceano. Mas enquanto o sábio nada, o psicótico se afoga. Eles têm percepções idênticas, mas o psicótico não sabe ordenar o saber. Até o fim dos anos 50, a ciência pensava que o xamã era um esquizofrênico. Foi preciso que o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss afirmasse que eles sabiam exatamente o que os xamãs faziam e que havia uma lógica em seus rituais. Não eram selvagens porque moravam na floresta, era o mundo deles.

ISTOÉ – O que é a física xamânica?

Druot – Eu queria saber como o xamã viajava pelos três mundos, onde estão esses mundos. Em física, sabemos que o universo é feito de vibrações. Supus que o xamã era capaz não apenas de se projetar num mundo de vibração, mas de mudar essa vibração. Na física quântica, diz-se que tudo está ligado ao chamado tecido subjacente do universo. No mundo do xamanismo dizem que estamos todos ligados. Os celtas e os druidas viam o mundo como uma teia de aranha tridimensional. Se puxarmos um pedacinho aqui, toda a teia vibra. Em física quântica diz-se que o universo está ligado por cordas supersensíveis. Para mim, havia uma ligação entre o xamanismo e a física quântica porque ambos trabalham com vibrações, oscilações, sons. E os xamãs sabem disso. Foram os primeiros físicos da história.

ISTOÉ – Por que as tradições xamânicas são apenas orais?

Druot – Nossa cultura ocidental privilegia o lado esquerdo do cérebro, lógico, racional, ligado ao tempo linear. E também é ligado à palavra escrita. Esse tipo de tradição xamânica funciona principalmente no lado direito do cérebro, ligado à tradição oral. No Taiti, encontramos os sacerdotes maoris que conservam a tradição do povo. Eles são capazes de contar a história de 20 gerações de sua família. Levam-se de 30 ou 40 anos para aprender a tradição oral, mas nada é deformado. É o mesmo motivo pelo qual a maioria dos povos tradicionais não acredita em reencarnação. Eles não têm a mesma concepção de tempo, que não é linear para eles. Esses povos vivem o agora.

ISTOÉ – E o que o sr. acha?

Druot – Buda tem uma boa resposta. Ele disse que não se pode dizer que existe, mas também não se pode dizer que não existe. Conheço um número enorme de pessoas que tiveram experiências de vida anterior. Não podemos provar cientificamente, mas há muitas evidências. E o potencial terapêutico da regressão é impressionante. Muita gente passa por diversos médicos sem conseguir se curar e, com duas ou três sessões de regressão, descobrem-se os motivos da doença e ela passa. Funciona em cerca de 80% dos casos.

ISTOÉ – Ainda há muitos xamãs hoje?

Druot – Com o expansionismo branco, a partir do século XVI, essas culturas tradicionais foram proibidas e seus territórios foram tomados. Nos Estados Unidos, o xamanismo desapareceu quase totalmente. Nos anos 60, no entanto, os índios americanos começaram a resgatar antigos ensinamentos. Só em 1978 o presidente Jimmy Carter assinou o American Indian Religious Freedom Act (lei da liberdade religiosa indígena). Atualmente, muitos americanos com problemas psicológicos vão se tratar com os índios. Esses xamãs são inacessíveis, não falam facilmente. Encontrei um xamã maori na Polinésia que disse: "Vocês tiraram nossa língua e nossa cultura e nossos filhos não falam mais taitiano. Não vamos ensinar nossas tradições." É um trabalho muito lento. Levamos muitos anos. Só se você começa a pensar com o lado direito do cérebro, consegue se comunicar com eles.

ISTOÉ – É possível desenvolver o lado direito do cérebro?

Druot – Sim. Mas leva algum tempo. Porque o mundo ocidental faz parte de uma cultura do lado esquerdo, enquanto os povos tradicionais têm uma cultura do lado direito. O ideal não é usar apenas um dos lados, mas conseguir sincronizar os dois. Viver no mundo material, mas com uma percepção diferente. Dessa maneira, o mundo torna-se um teatro mágico. Quando o lado esquerdo pára de bloquear, pode-se ir ao mundo dos sonhos. O escritor mexicano Carlos Castañeda já contava em seus livros como aprendeu com um xamã mexicano a ir ao mundo dos sonhos e disse que é tão real quanto este aqui.

ISTOÉ – Como foi a sua experiência com o Santo Daime?

Druot – Não era o Santo Daime que me interessava, mas a ayahuasca (planta que produz um chá alucinógeno utilizado pela seita amazônica). Mas eu não tinha contatos diretos. Não se pode ir à floresta buscar a planta sozinho. Em 1994, meu antigo editor brasileiro fez um contato com Alex Polari, um dos líderes da seita em Céu do Mapiá. Tenho respeito pelos rituais, pela igreja, mas não participei. Disse desde o início que me interessava pela planta que, no princípio, era uma planta xamânica. Em abril de 1995, eu e minha mulher, Liliane, passamos duas semanas na floresta e fizemos muitas experiências sob o efeito da ayahuasca. O cérebro funciona de forma totalmente diferente. Tudo se abre. Você pode ver espíritos, as auras. Fizemos até contato telepático. Por três ou quatro minutos, soubemos exatamente o que o outro pensava. Sentia e via a Terra respirar, num movimento claro. Tudo se organizava em fractais.

ISTOÉ – De que serviu a experiência?

Druot – A ayahuasca é usada para propósitos religiosos, alguns usam para curar, tirar pessoas da dependência de drogas, álcool. Mas em minha opinião, é muito mais do que isso. Acho que ainda não se sabe usá-la para conhecer o outro e a si. Com ela, se poderia descobrir muito sobre as causas de doenças físicas e emocionais. Essa experiência provou o que estudei por 15 anos: só utilizamos uma parte mínima do cérebro. Não tomamos mais a planta, mas ainda temos algumas vibrações e percepções que vêm dela. Não vemos mais uma floresta como antes. Nosso contato com a terra foi modificado. Há uma percepção mais aguçada. Traz sentimentos de tolerância, de respeito e de amor.

ISTOÉ – É possível passar por este tipo de experiência sem a ayahuasca?

Druot – Talvez. Eu já tinha percepções desde 1985, estimulando uma visão vibracional. Há um campo magnético ou vibracional que circunda todas as coisas vivas, até nós mesmos. E tudo o que acontece com você está escrito neste campo. É uma técnica. Tem de ser feito com sons, sobretudo com tambores, que são os batimentos cardíacos do criador. Quando se está em sincronia com uma batida de tambores, é possível fazer a viagem. Passei por essas experiências com os índios do Canadá, nas ilhas do Pacífico, nos EUA. O uso de plantas é específico da América do Sul e Central, onde se usa o peiote.

ISTOÉ – A experiência é similar?

Druot – A ayahuasca é mais imediata ao abrir as portas psíquicas, as portas da percepção. É como se o cérebro se abrisse. Tecnicamente falando: normalmente, vemos o mundo através de nossos olhos. Mas não vemos como o cérebro vê. O olho é um instrumento de análise de frequência, como o ouvido. Isso só foi descoberto nos anos 60. Isso significa que vemos e escutamos através dos olhos, mas não é como o cérebro vê e escuta. Com a ayahuasca, você vê e escuta como o cérebro. É uma percepção holográfica do mundo. Porque o cérebro é um holograma. Ele se abre para você. Mas acho que não se pode tomá-la de qualquer jeito, é preciso uma boa orientação, alguém que te ajude a passar pelos vários estágios da ayahuasca. E também é preciso estar junto à natureza. Não acho cabível tomá-la num lugar fechado, por exemplo. O que acontece é que a planta abre todos os canais, as pessoas vêem cores, caleidoscópios e ficam felizes. Mas é muito mais do que isso.

ISTOÉ – Como o sr. se preparou para a experiência?

Druot – Antes de tomar a ayahuasca, estudei o trabalho de um etnofarmacobiologista da Finlândia, desenvolvido durante seis anos. Eu sabia que não havia efeitos colaterais nem risco de dependência.

ISTOÉ – O sr. sentiu medo?

Druot – Sim, porque nunca tinha tomado nada parecido na vida, nenhuma outra substância alucinógena. Não sabia exatamente o que esperar. Quando comecei a sentir os efeitos, me senti mais confortável, entendi o que a planta me ensinava.

ISTOÉ – O sr. acha que há hoje uma maior abertura do mundo ocidental para estes ensinamentos?

Druot – Sim. Em 15 anos, vendi um milhão dos meus cinco livros, e recebi cerca de 60 mil cartas. Acho que estes números podem ser tomados como uma prova de um interesse crescente. As pessoas querem saber quem são, qual o seu lugar no mundo. Não somos robôs, somos seres humanos. Entre muitos povos índios, o próprio nome do povo significa seres humanos, como os cheyenes americanos. No Havaí, os locais chamam os brancos de haoles, que significa os que são mortos por dentro. Eles dizem que não estamos vivos, porque não estamos conectados com os espíritos e a natureza.

ISTOÉ – A que o sr. atribui esse interesse?

Druot – No século XVII, houve dois gênios que criaram os fundamentos da ciência moderna: René Descartes e Isaac Newton. Eles começaram a explicar muitos fenômenos que não se explicavam antes, mas o problema de suas visões foi ver o ser humano como uma máquina, um relógio. Desprezaram a consciência e o espírito. A ciência se pulverizou. Olha-se apenas o corpo, não o espírito. Acho que o terceiro milênio trará a reunião de tudo. Os xamãs dizem que as doenças entram quando a pessoa está separada dela mesma e do mundo. Os índios navajos americanos têm um sistema médico que reconecta a pessoa a ela mesma e ao universo. Agora, há na Universidade de Medicina de Phoenix, no Arizona, um departamento intercultural com xamãs navajos e médicos americanos, que tentam entender como eles curam pessoas desenganadas de câncer, por exemplo.

Fonte: http://www.santodaime.org/arquivos/noticias/istoe99c.htm

terça-feira, novembro 15, 2011

Pontos de Reflexão do Caminho Vermelho Xamânico Tolteca da Vida

Sobre verdade e mentira na arte do conhecimento da vida:


A mente é solo fértil para conceitos, idéias e opiniões. Se alguém nos conta uma mentira e acreditamos nela, aquela mentira cria raízes em nossa mente. Ali pode crescer e se fortalecer, exatamente como uma árvore. Uma mentira pequena pode ser muito contagiosa e  espalhar suas sementes de uma pessoa a outra, quando a partilhamos com alguém.

O conhecimento penetra nossas mentes e reproduz ali uma estrutura que é tudo o que sabemos. Com todo esse conhecimento na cabeça, só percebemos aquilo em que acreditamos, só percebemos nosso próprio conhecimento. E o que conhecemos?Mentiras, principalmente mentiras.

No momento em que a árvore ganha vida em nossa mente, ouvimos o anjo caído falando muito alto. A voz nunca pára de julgar. Ela nos diz o que é certo e o que é errado, o que é belo e o que é feio. O contador de histórias nasce dentro de nossa cabeça e sobrevive ali porque o alimentamos com nossa fé.

O céu existe quando nossos olhos espirituais estão abertos, quando percebemos o mundo através dos olhos da verdade. Depois que as mentiras nos prendem a atenção, os olhos espirituais se fecham. Caímos do sonho do céu e começamos a viver o sonho do inferno.

O céu nos pertence porque somos filhos dele. A voz em nossa mente não nos pertence. Ao nascermos, não trazemos aquela voz. O pensamento vem depois de aprendermos – primeiro as mentiras. A voz do conhecimento surge quando acumulamos conhecimento.

Antes de engolirmos as mentiras que acompanham o conhecimento, vivemos na verdade. Só dizemos a verdade. Vivemos em amor, sem nenhum medo. Obtido o conhecimento, passamos a nos julgar inferiores; sentimos culpa, vergonha e necessidade de sermos punidos. Começamos a sonhar mentiras e nos separamos do Grande Espírito.

No momento em que nos separamos do Grande Pai começamos a buscar por Ele, pelo amor que acreditamos não possuir. Os humanos estão continuamente em busca de justiça, de beleza, de verdade – de nosso jeito de ser que precedeu à crença em mentiras. Buscamos nosso Eu Autêntico.

Há um conflito na mente humana entre a verdade e o que não é a verdade, entre a verdade e as mentiras. O resultado da crença na verdade é bondade, amor, felicidade. O resultado de acreditar em mentiras e defendê-las é injustiça e sofrimento – não só para a sociedade, mas também para o indivíduo.

Todo o drama dos seres humanos resulta da crença em mentiras, principalmente sobre eles próprios. A primeira mentira em que acreditamos é EU NÃO SOU: eu não sou do jeito que deveria ser, eu não sou perfeito. A verdade é que todo ser humano nasce perfeito porque só existe a perfeição.

Nós, seres humanos, não temos a menor idéia do que realmente somos, mas sabemos o que não somos. O ser humano cria uma imagem de perfeição, uma história sobre aquilo que ele deveria ser e começa a perseguir essa falsa imagem. A imagem é uma mentira, porém investimos nela nossa fé. Depois construímos toda uma infra-estrutura de mentiras para sustentá-la.

A fé é uma grande força no ser humano. Se investirmos nossa fé numa mentira, para nós ela se tornará verdade. Se não acreditarmos que somos suficientemente bons, então, seja feita a vossa vontade, não o seremos. Se acreditarmos que iremos falhar, então falharemos, porque nossa fé encerra semelhante poder e magia.

Como seres humanos, podemos perceber a verdade com nossos sentimentos, mas quando tentamos descrever a verdade só podemos contar uma história que distorceremos com nossa palavra. A história pode ser verdadeira para nós, mas isso não quer dizer que seja verdadeira para os outros.

Todos os seres humanos são contadores de histórias, cada um com seu ponto de vista exclusivo. Quando entendemos esse fato já não precisamos mais impor aos demais nossa própria história, nem defender aquilo em que acreditamos. Em vez disso, viramos artistas e, como tal, temos o direito de criar nossa própria arte.

quinta-feira, setembro 15, 2011

Ensinamentos Toltecas


Os ensinamentos toltecas chegaram pela primeira vez para o público através de Carlos Castañeda. Os toltecas tradicionalmente, eram definidos por um grupo de pessoas (nativos) que alcançavam um nível refinado de iluminação espiritual.
Seguem abaixo alguns apontamentos do o livro "Além do Medo", escrito por Mary Carol Nelson, que, relata os ensinamento de Don Miguel Ruiz, um médico cirurgião mexicano que descende das tradições dos toltecas.
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O "nagual" é tudo aquilo que existe e não podemos perceber. O "tonal" é tudo o que podemos perceber com os sentidos comuns. O tonal e o nagual só podem existir por causa do "Intento".
Intento é a conexão que torna possível a transferência de energia entre o tonal e o nagual. Intento é a vida. É a eterna transformação. Intento é Deus. Deus é Espírito. Tudo o que existe no mundo é energia. O Tonal é o Sol com todos os planetas, luas, cometas, meteoritos, satélites. O nagual é a energia que vem deles.
O Planeta Terra também tem o tonal e o nagual. ele tem seu próprio metabolismo, seus órgãos. Entre os órgãos do planeta está o corpo humano, composto de todos os seres humanos juntos. Os seres humanos também tem tonal e nagual. As emoções são as energias que não percebemos, mas experimentamos com nossos sentidos. É tonal. O nagual é a energia que não podemos reconhecer com a razão. É o Deus dentro de nós.
Quando é dito que uma pessoa é nagual, é que a pessoa cria uma ligação direta entre o tonal e o nagual. O nagual consegue separar as emoções de ações. O nagual nasce com uma forte disposição e não é paralisado pelo medo. Qualquer um pode se tornar um nagual. Um nagual é a pessoa que tem a capacidade de ensinar e orientar outras pessoas para o espírito, convencendo-as que no interior de cada uma, existe uma força poderosa unindo a pessoa a Deus.
Essa é a força do Puro Intento. É aquele que orienta as pessoas a descobrirem quem realmente elas são, ajuda-as a descobrirem seu próprio espírito, sua própria liberdade, sua própria alegria, felicidade e amor.
Todos nós fomos educados pelo medo. é o resultado da domesticação da infância. o medo é a origem da realidade que percebemos ao nosso redor. O medo é a fonte da doença, da guerra, da alienação da alegria que é nosso direito hereditário.
As nossas emoções atraem atenção de seres de uma espécie semelhante, portanto devemos ser cuidadosos com o tipo de emoções que estamos transmitindo. Nós viemos de Deus. Nós somos de Deus. Uma vez que essa verdade seja aceita, podemos desistir do medo, da raiva de nós mesmos, da culpa, da inveja e do sofrimento. As dúvidas sobre nós mesmos destroem a nossa comunicação interior.
O livre arbítrio pode retira-lo da dor do passado e levá-lo na direção da liberdade pessoal. você se liberta de "possessões" e declara o direito de sonhar o seu próprio sonho. Um estado de comunhão é um estado de vibrar na mesma freqüência. em qualquer circunstância render-se é uma maneira de ser feliz.
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O inferno é o sonho combinado que todos os humanos compartilham. Cada indivíduo tem o sonho de uma realidade assim como cada família, cidade, estado, país e a humanidade como um todo. Todos nós contribuímos para o sonho que é caracterizado pelo medo. A Medicina convencional não é suficiente para curar a enfermidade do espírito que se difunde por este planeta. Uma cura definitiva significaria acordar do sonho, e com isso, livrar-se do inferno.
O inferno é um conceito encontrado em mais do que uma religião. O inferno é descrito como um lugar de sofrimento, medo, violência e injustiça, onde todas as pessoas punem todas as outras. O inferno é um estado mental humano, não está no corpo ou na alma. O inferno é a maneira que as pessoas sonham suas vidas.
Gosto de ver o inferno do lado de fora do sonho. A mente é feita de energia etérea. Nós sonhamos 24 horas por dia, quer o nosso cérebro esteja acordado ou adormecido. Geramos idéias que são de energia etérea. A mente cria imaginação, sonhos. O modo como sonhamos nos leva ao sofrimento e à dor emocional.
Sofremos devido à nossa interação com os outros humanos. em nossas interações estamos constantemente julgando para entender. Devido à falta de comunicação é que se cria o caos entre as pessoas, a nossa interpretação da interação humana leva ao sonho do inferno. A maioria dos relacionamentos é estragada pela necessidade de controlar um ao outro. ao formar os seus relacionamentos, você teve uma escolha entre milhares de pessoas. Quando você escolhe uma pessoa para amar, precisa selecionar alguém que seja a pessoa certa. Você precisa de um parceiro que o aceite como você é, porque você vai permanecer como é. Se você deseja modificar alguém, sem se modificar, é melhor procurar por outra pessoa, caso contrário estará criando seu próprio pesadelo.
O inferno é uma doença da mente da humanidade.O mundo inteiro é um hospital. Cada humano se torna um demônio para o resto dos humanos e os mantém no inferno. cada vez que nos lembrarmos dos erros de nosso companheiro, nós o fazemos pagar novamente. Usamos chantagem emocional.
Usamos a culpa e a acusação para controlarmos as pessoas que amamos. Fazemos promessas, acreditamos que nossa opinião é a mais importante. A culpa é uma emoção inventada pelo homem para nos fazer sofrer por alguma coisa que realmente queremos fazer. Quão ridículo é sofrermos por algo que queremos.
O inferno só existe na mente humana. É uma ilusão baseada no medo. no inferno, só há injustiças. o inferno é experimentado como o veneno emocional da raiva, da inveja e da cobiça. Nem seu corpo, nem sua alma têm um inferno. Eles reagem ao que está na mente. Se você tem olhos de raiva ou tristeza, isto irá distorcer sua visão. Olhos de amor tornam tudo mais bonito. Os nossos olhos são. os nossos olhos são dominados pelo modo como julgamos.
A ilha do inferno, fica no oceano do inferno. Este oceano contém todos os medos do desconhecido, e, os nossos medos são o nosso sonho do inferno. O nosso sonho forma os filmes interiores que carregamos conosco para todos os lugares. Somos o produtor, o diretor e o protagonista nesses filmes carregados de medo. Na ilha do inferno, temos ilusão de que estamos seguros. É um lugar na mente onde acumulamos tudo o que nos pertence. Pensamos : "Esta é a minha família, a minha casa, o meu dinheiro, o meu carro, a minha carreira, as minhas realizações, e nos sentimos mais seguros na medida em que tornamos essa ilha cada vez maior, com mais e mais apegos ao que é nosso. Porém a ilha é regida por um medo de perder qualquer coisa que acalentamos.
Invejamos as ilhas dos outros, sem compreendermos que eles estão presos no inferno de suas zonas de segurança. cada um de nós está preso pelas ilusões que acumulamos em nossas ilhas. Só existe uma maneira de escapar da ilha do inferno e alcançar o "Templo do Céu".
Esse Templo fica na saída do inferno. No caminho de caída a temos que atravessar a avenida dos mortos, onde o mal também existe. Lá estão situados pequenos templos em todos os lados de uma praça, circundando o Templo do Céu.
São nesses pequenos templos que habitam os guardiões que contém o mal gerado por nosso pesadelos. A primeira tarefa ao longo da avenida dos mortos é privar-se o máximo possível de julgar e exorcizar a vítima de sua mente.
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Você pode mudar o filme interior porque você é o diretor, roteirista e ator, e tem todo o poder para mudar a história em que está vivendo. Desapegar-se e enfrentar o medo exige um ato de coragem. isso é verdadeiro em todas as tradições do mundo. Para atingirmos a beatitude, precisamos nos entregar, bem como as ilusões do que pensamos que somos, ao Anjo da Morte.
Nossas ilusões fazem o nosso inferno. O inferno é o local dos fantasmas. os fantasmas têm a sensação de estarem vivos. viver no inferno é ser um fantasma.
Paradoxalmente precisamos morrer (morte simbólica) para a nossa vida anterior para escaparmos do inferno. Morrer (em vida) nos leva à claridade. Iremos reconhecer que àquilo que acreditamos ser real era uma ilusão.
O regente do inferno é o medo. um dos grandes demônios do inferno é o "juiz"e o outro é a "vítima". Porém, o maior demônio é nosso sistema de crença que rege o modo como sonhamos. Encontramo-nos na Ilha do Inferno porque temos medo de abrir mão de nossos apegos. O verdadeiro significado de todo o altar é sugerir uma rota para Deus.
Os medos da mente de um humano tornam-se maiores quando são projetados exteriormente. a nossa comunidade é uma sociedade do medo, da injustiça e da punição.
Os nossos adolescentes estão se matando uns aos outros, e encontramos crimes e ódio em todas as partes do mundo. Até mesmo o nosso entretenimento está crivado de violência.
O Céu é exatamente o oposto do inferno. É um lugar de amor, paz e compreensão, sem nenhum juiz ou vítima. No céu há uma clareza.
Você sabe quem é. Não culpa a si mesmo e nem as outras pessoas. Não precisamos esperar até a morte para irmos para o Céu, porém precisamos chegar lá antes de morrermos.
É muito mais fácil sairmos do sonho do inferno enquanto estamos vivos do que depois que estivermos mortos.